quinta-feira, 28 de julho de 2011

Jovem religiosa defende o uso público do hábito desafiando a Cristofobia

Oblata de São Francisco de Sales dando aula em Paris,
de hábito completo

A Irmã Ana Verônica, oblata de São Francisco de Sales em Paris, foi convocada juntamente com vários outros professores de Filosofia ao Liceu Carnot, da capital francesa. O objetivo da reunião era combinar a correção de muitas provas da matéria que tinham ficado sem corrigir no fim do ano escolar.

Ela se apresentou como de costume: com o hábito completo do instituto religioso a que pertence.

Sua presença foi pretexto para um rebuliço. Professores laicistas e socialistas exigiram das autoridades do Liceu a expulsão da religiosa. Pretextavam que ela ofendia a laicidade e, de forma caricata e ofensiva, compararam seu hábito com o véu islâmico.

As autoridades nada fizeram, pois sabiam que o procedimento da religiosa era irrepreensível do ponto de vista legal.

Os professores laicistas exigiram que ela tirasse o hábito. “V. poderia ser mais discreta!”, desabafou uma professora laicista.

Propaganda cristofóbica caricata não adiantou
- “Eu não posso fazer melhor nem pior. Eu devo levá-lo”, respondeu a jovem religiosa.

Os jornais fizeram estardalhaço com o fato e o secretariado geral do ensino católico exigiu que a irmã Ana Verônica desse prova de “juízo” e comparecesse usando roupas civis.

Com tom sereno e respeitoso, mas firme, a freira respondeu a seus detratores em carta publicada pelo jornal parisiense “La Croix”, de 13-07-2011:

Nós repetimos claramente que jamais tiraremos nosso hábito. ...

“Um hábito religioso é o sinal da resposta a um chamado para se consagrar a Deus, que nem todos os batizados recebem.

“Desde 8 de setembro de 2004, data de minha entrada na vida religiosa, minha vida mudou muito e o hábito não é mais que a expressão visível disso.

“Comparecer agora de outra maneira, sem o hábito religioso, é uma coisa impossível para mim, pois eu não uso mais outros vestidos que não sejam os de minha consagração religiosa.

“Eu não sou religiosa por horas.

“Fazemos a profissão para viver seguindo Cristo até a morte.

“Esta consagração religiosa inclui todas as dimensões de nosso ser: corpo, coração, alma e espírito.

“O jovem homem rico do Evangelho recuou diante do apelo de Jesus para segui-Lo, quando Ele posou seu olhar sobre ele.

Religiosas em procissão na Polônia
“Isso significa que a decisão de se consagrar a Deus não é fácil de tomar. Ela pressupõe certas renúncias...

O hábito religioso é sinal desse fato. Ele pode, portanto, ser um sinal de contradição. Nós sabemos que nosso hábito não deixa indiferentes as pessoas. Ele é um testemunho da presença de Deus.

Por meio dele nós relembramos, de modo silencioso mas eloqüente, que Deus existe neste mundo que se obstina a não querer pensar nem sequer na possibilidade da transcendência divina.

“Mas, Jesus nós diz no Evangelho que o servidor não é maior que seu mestre. Vós conheceis a continuação? “Se eles me perseguiram, eles vos perseguirão também” (Jn 15, 20).

E Jesus acrescentou: “As pessoas vos tratarão assim por causa de Mim, porque eles não conhecem Aquele que me enviou” (Jn 15, 21).

A carta da corajosa irmã Ana Verônica causa viva impressão na França.

No Brasil, o PNDH-3 pretende banir os símbolos religiosos dos locais públicos e instalar um laicismo – na realidade, um anti-catolicismo mal disfarçado – como o francês. Para atingir sua finalidade extremada, não poderá deixar de tentar proibir as próprias vestes talares dos religiosos e das religiosas.


3 comentários:

  1. A Irmã Ana Verônica está corretíssima em sua atitude de cristã. Não temos que nos envergonhar de dizer que somos e amamos Deus. Ele é o nosso pai e devemos respeito a Ele. Que bom seria ver também sacerdotes vestidos como tal..., em um mundo tão violento como está o nosso, a presença de um padre, mesmo que nas ruas, supermercados, nos faz repensar à vida e nos voltar para Deus. Infelizmente ninguém sabe mais quem é e quem não é Padre fora dos muros da igreja. Existem tantas almas com necessidade de uma palavra de conforto ou mesmo o olhar para um homem de Deus dentro e fora de uma capela. Mas, a msioria deles parecem pessoas comuns, "claro que são", mas quando se está a serviço de Deus causam tão boa impressão e vontade de viver e renascer nas pessoas, que talvez eles nem imaginam. Quem dera todos os padres se vestissem como tal.Precisamos tanto deles! Que pena, não pensarem assim.

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  2. A Irmã Ana Verônica está corretíssima em sua atitude de cristã. Quem dera que todos os padres também não sentissem vergonha de suas vestes religiosas e andassem pelas ruas como padres. Precisamos tanto deles. As vezes uma palavra, as vezes apenas um olhar basta. Mas ninguém sabe mais quem é e quem náo é padre. É uma pena! Muitas alamas poderiam ter conforto e voltar à Deus pelas mãos desses sacerdotes. Nas ruas se vê tanta solidão, se ouvem tantas blasfêmias... agora querem tirar símbolos religiosos de repartições públicas, no Brasil. São poucas as pessoas que possuem imagens e andam com crucifixos ao peito... e os padres ainda querem se vestir como qualquer um? Precisamos de vocÊs padres, instrumentos de Deus! Que Nossa Senhora abençoe a todos nós.

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  3. Maria das Graças Dourado Pimenta1 de janeiro de 2013 às 22:09

    Acho importante que as as pessoas que se consagram a Deus na vida religiosa usem roupas que as diferenciem dos leigos, uma vez que os hábitos e batinas impõem respeito e temor de Deus. Causam um efeito benéfico para quem usa e para as demais pessoas.

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