quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Cientistas de Cambridge indagam se as máquinas poderão escravizar o homem

Tornar-se-ão realidade os piores cenários da science fiction?
Um grupo de investigadores da prestigiosa Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, estuda os riscos de a tecnologia vir no futuro a acabar com o ser humano, informou o jornal “Clarín”, de Buenos Aires.

Huw Price, professor de Filosofia; Martin Rees, professor-emérito de Cosmologia e Astrofísica; o empresário de software Jaan Tallin, um dos fundadores de Skype; sete assessores da Universidade de Cambridge e outros seis alheios a esse Instituto, estabeleceram um centro de investigação multidisciplinar nessa Universidade.

O Centro de Estudo de Risco Existencial (CSER) investiga os perigos que se avolumam para o homem em novos campos, como a biotecnologia, a vida artificial, a nanotecnologia e as supostas mudanças climáticas atribuídas ao ser humano.


“Muitos cientistas estão preocupados, porque os desenvolvimentos da tecnologia humana poderiam trazer logo novos perigos de extinção de toda nossa espécie”, explicou um dos seus porta-vozes.

Já ficou para trás a ilusão de que a ciência sempre traria novas melhoras, prazeres e tranquilidade aos homens. Agora a perspectiva é outra e no horizonte aparecem pesadelos de perder a cabeça.

A seriedade dos temores é “difícil de avaliar”, mas em si mesma já “aparece como una causa de preocupação”, por causa de tudo o que está em jogo.

Jaan Tallinn, Lord Rees e Huw Price estudam
o pesadelo da escravidão humana às maquinas
Em 1957, os cientistas americanos Allen Newell e Herbert Simon afirmavam que “em mais dez anos as máquinas serão campeãs do mundo do xadrez, comporão música com valor estético, descobrirão teoremas matemáticos, etc.”.

Naqueles anos, a hipótese pareceu meio visionária e meio maluca, e a inteligência artificial era vista com certo temor.

Porém, hoje se convive gotosa e irrefletidamente com essa inteligência artificial, e confia-se alegremente em tecnologias como a smart embutidas nos telefones celulares, sem se pensar nos perigos que elas trazem, dizem os cientistas britânicos.

Para eles, o funesto vaticínio de Newell e Herbert parece vir materializar-se sobre uma humanidade desprevenida.

Ainda o pesadelo não se tornou realidade, mas parece perto demais diante do desenvolvimento previsível dos chips, acrescentaram.

“Parece uma predição razoável achar que num momento dado de nosso século ou no próximo, a inteligência escapará das limitações da biologia”, afirma com segurança o filósofo Price.

“O dia que isso acontecer, os humanos não seremos mais os seres mais inteligentes da terra, o que nos deixaria à mercê das máquinas”, acrescentou.

Escravos do futuro já estariam sendo preparados sem sabé-lo
Escravos do futuro já estariam sendo preparados sem sabé-lo
Price, Rees e Tallin acham que é preciso se preparar para agir no dia em que as máquinas começarem a ditar os destinos do mundo sem levar em conta os humanos.

Nesse dia, tornar-se-ia realidade o pesadelo contido em obras de ciência-ficção como “2001: uma odisseia no espaço” ou “Terminator”, informou o jornal de Barcelona “La Vanguardia”.

Os temores dos cientistas, entretanto, estão viciados por um ateísmo de fundo.

A inteligência é atributo exclusivo dos seres dotados de espírito, como os homens ou os anjos.

A “inteligência” das máquinas não é verdadeira inteligência, mas apenas um artifício material criado por homens inteligentes.

Para esse pesadelo se tornar realidade seria preciso supor um achincalhamento profundo da humanidade (e, nesse sentido estão se constatando alarmantes sinais) ou a intervenção de um espírito não humano manipulando as máquinas puramente materiais.

Quais poderiam ser esses espíritos maléficos que escravizariam os homens às máquinas e, por meio destas, a esses mesmos espíritos enganadores quiçá infernais?


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