domingo, 26 de fevereiro de 2012

A cada 5 minutos um cristão é martirizado no mundo

Indonesia: muçulmanos atiçam ódio


105 mil cristãos são mortos cada ano no mundo por causa de sua fé. O que equivale a um martírio a cada cinco minutos. A impressionante cifra esteve no centro do simpósio realizado na Aula Magna da Pontifícia Universidade Lateranense.

O tema sintetizou numa frase da mensagem de Fátima: “Os bons serão martirizados”, informou Radio Vaticana.

A reunião foi promovida pela associação “Luci sull’Est”, fundada há 20 anos para promover e sustentar os valores básicos da Civilização Cristã, especialmente nos países que sofreram – a ainda sofrem – sob a ditadura comunista.

Catedral de Badad
“Desde Jesus Cristo até o ano 2000 houve 70 milhões de martírios de cristãos, dos quais 45 milhões só no século XX”, relatou o sociólogo Massimo Introvigne, baseado no trabalho estatístico de David Barrett.

Introvigne é o representante da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) para a luta contra o racismo, a xenofobia e a discriminação.

O espantoso ritmo do massacre continuou no patamar de 160 mil cristãos por ano na primeira década do século XXI.

A estimativa para 2011 é de 105 mil mártires, um a cada 5 minutos. Equivale, portanto, ao desaparecimento anual de uma cidade com essa população.

Na execução desses martírios não age só a mão humana, observou Mons. Luigi Negri, bispo de San Marino-Montefeltro.

Na Sra das Graças, Belém, Terra Santa
“No martírio dos cristãos manifesta-se de modo extraordinário o poder do príncipe das trevas, que combate desde o primeiro dia contra Cristo e seu reinado”, disse.

Da parte dos executores humanos, D. Luigi Negri apontou o orgulho supremo de se acharem um deus com o direito de impor sua ideologia sobre os outros.

O prelado citou como exemplos extremos desse orgulho anti-humano a ideologia laicista, toda baseada na adoração do progresso cientifico – e o marxismo deu acabadas provas disso –, como também o radicalismo das seitas protestantes, “animadas de um ódio feroz contra o catolicismo”.

O bispo denunciou também os “poderes definidamente anticatólicos” que no Ocidente tecem “alianças inéditas e, sob certos pontos de vista, incompreensíveis” com o islamismo que “quer antes de tudo destruir a Cristo e sua Igreja”.

Talvez o prelado tivesse em vista as figuras políticas e autoridades públicas – até mesmo altos prelados católicos – que favorecem o estabelecimento e a expansão do islamismo no Ocidente.

Segundo o bispo de San Marino, esta “terrível era de martírio” deve mover os católicos a uma reflexão sobre sua própria “identidade e responsabilidade diante do mundo”. “Os mártires nos impulsionam a sermos cristãos autênticos”, acrescentou.

Sagração ilícita na China: fiéis não compreendem aproximação de Pequim com o Vaticano
Para o Padre Bernardo Cervellera, diretor da agência de notícias Asianews e um dos máximos conhecedores da realidade chinesa, embora a China tenha mudado muitíssimo em matéria econômica, nela “a perseguição religiosa continua sempre a mesma. O projeto maoísta de criar uma Igreja nacional independente continua igual, desde 1958 até hoje”.

Sagrações ilícitas, bispos encarcerados, “a situação é muito dura, narrou o sacerdote, porque os bispos são controlados e com freqüência forçados a participar em convênios nos quais se exalta a política do Partido Comunista”.

Entretanto, observou o Pe. Cervellera, “na China há um grande renascimento religioso”, diante do qual “o materialismo está se esmigalhando”. “O número de batismos católicos de adultos poderia estar perto de pelo menos 150 mil por ano”, acrescentou.

Compreendemos que só este número faça os ditadores socialistas – preocupados somente em promover o materialismo – perderem a paciência, e que o ódio seletivo anticatólico os impulsione a aumentar a perseguição.

Paradoxalmente, disse o especialista na China, “o Partido Comunista chinês é sustentado sobretudo pelo Ocidente, porque todos se inclinam diante do poder econômico chinês, sentem necessidade dos capitais da China e silenciam os direitos humanos”.

Capitais esses, glosamos nós, que uma incompreensível política ocidental de favorecimento do regime comunista chinês pôs na mão dos ditadores de Pequim.

Onde a perseguição atinge um aspecto ainda mais feroz e patente é no mundo islâmico.

Magdi Cristiano Allam, eurodeputado e ex-muçulmano convertido ao catolicismo, denunciou a pusilanimidade dos cristãos onde eles são maioria, e a perseguição onde são minoria.

Allam mostrou que na China, na Índia e na Coréia do Norte a perseguição tem fundamentos ideológicos. Mas que nos países islâmicos ela é estritamente religiosa. “O Islã considera o judaísmo e o cristianismo como desvios heréticos, sendo que o Islã se acha a única religião verdadeira”.

“Hoje – continuou Allam –está se repetindo o que sucedeu no século VII, quando a submissão ao Islã por parte de populações e territórios cristãos aconteceu em virtude da agressividade dos exércitos islâmicos, mas sobretudo pela pusilanimidade interior das comunidades cristãs”.

No quê consiste essa pusilanimidade?

“Na base de nossa fraqueza – sustentou Allam – está a desvalorização de nossas raízes, de nossa fé, dos valores não negociáveis de nossa identidade, de nossa civilização. Nós nos tratamos como se fôssemos uma terra deserta e, em conseqüência, acabamos sendo vistos como uma terra de conquista. Ou nós nos elevamos a ponto de reconquistar a certeza de quem somos, ou acabaremos inexoravelmente desaparecendo como civilização, porque queiram ou não nossa civilização está fundamentada no cristianismo” – advertiu.

“Nossa missão é dar uma nova alma à Itália, à Europa, ao Ocidente, ao mundo”, exortou finalmente o ex-muçulmano e eurodeputado católico.


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